Na filosofia maçônica, os pilares ou colunas, ocupam lugar de destaque em sua simbologia. São símbolos extremamente importantes para a disseminação do conhecimento maçônico. As colunas se tornam peças chave para a compreensão e elevação da graduação do iniciado em sua caminhada.
Você já deve ter observado a beleza das colunas que decoram os templos do mundo antigo, fato é que sua beleza é inquestionável e chama atenção mesmo que tenham sido erigidas a alguns milhares de anos. É importante saber que existem ordens arquitetônicas que classificam cada modelo destas colunas. As principais são cinco: Dórica, Jônica, Coríntia, sendo estas, grega, e duas italianas, que são: Toscana e Compósita.
Embarque com a gente nesta viagem através das ordens arquitetônicas que construíram o velho mundo, e ainda nos dias de hoje, deixa o novo mundo, encantado com tanta beleza!
Entre os muitos símbolos que fazem parte da simbologia maçônica, encontramos os pilares. A cada ordem arquitetônica, foi atribuído certas virtudes para a explicação da doutrina maçônica, juntando cargos, representações e razões para cada uma dentro do templo. Para este artigo, nos ateremos apenas as três ordens arquitetônicas gregas, Dórica, jônica e Coríntia e que são explicações mais do que suficientes para reforçar e nutrir o conhecimento do aprendiz na senda Maçônica. É de conhecimento do aprendiz, que em Maçonaria, possuímos três luzes no templo, e cada uma delas, representada por uma coluna pertencente a uma determinada ordem arquitetônica. Essas colunas também caracterizam O Rei Salomão, Hiram, rei de Tiro e Hiram Abiff, o arquiteto do templo. Também se torna importante lembrar que as localizações dentro do templo são divididas em colunas sul, norte e o oriente.
Devido as peculiaridades reservadas a cada rito, as informações aqui contidas, podem variar, mas vamos tomar por base o rito mais utilizado no Brasil como referência. Vamos falar sobre as três principais ordens de arquitetura grega, que são jônica, dórica e Coríntia, e sua associação a simbologia maçônica.
O REAA nos ensina que o Norte é o lugar menos iluminado do templo. Um lugar onde a luz não chega. E é no Norte que os aprendizes dão início ao seu trabalho de desbaste. Onde não chega a luz, é que é exigido a maior força. O trabalho é penoso, assim como é penoso o oficio de aparar as arestas do bloco a ser moldado. Com muito esforço e perseverança, o aprendiz avança em sua caminhada pelos degraus da senda, um a um, descortinando os véus da ordem. Ao aprendiz, é dedicado a coluna da força, e também representada por Hiram, rei de Tiro. Ambos representados pela ordem arquitetônica dórica, que repousa a mesa do 1º Vigilante.
O nome dórica provem de Dorus, filho de Helzen, rei de Achaia e do Peloponeso. Caracteriza-se pela falta de base, ou com a impressão de que a base se encontra no capitel (como se ela estivesse invertida), o que chama a atenção pela robustez, sendo simbolicamente associada a força.
No Sul, é onde o iniciado já aprendeu a polir a pedra, adornar o bloco, lhe conferindo toda a beleza. Ao Sul, é que se assenta simbolicamente a coluna da ordem Coríntia. Seu nome, segundo Vitruvio, provém do escultor Calímaco, importante arquiteto Ateniense que se baseou no túmulo de uma virgem de Corinto. Simbolicamente a coluna da ordem Coríntia é associada a Hiram Abiff, por trazer toda a beleza conferida a estrutura do templo. Suas características consistem de uma base bem formada, o fuste liso, reservando toda a beleza para o capitel, que é decorado com folhas de Acanto. É ao Sul que o iniciado é chamado para ser a luz e a energia prestados ao serviço da Maçonaria. Um foco de luz que jamais deve se apagar.
Assim como a luz do dia vem através do sol, do oriente, assim as ordens iniciáticas ensinaram que a luz do conhecimento, a iluminação para o povo do amanhã, nasce no oriente. E é no oriente que se assenta a coluna da sabedoria, representando o Rei Salomão. Fica reservada à ordem arquitetônica jônica, a coluna do conhecimento. As colunas de ordem jônica são caraterizadas por uma base, o fuste pode ser trabalhado com uma decoração em espiral ou linhas verticais e o capitel decorado por uma forma que lembra pergaminhos enrolados. O nome é dedicado aos povos Jônicos da Ásia.
É do oriente que o venerável mestre, com os deveres e direitos que lhe são conferidos, usa sua sabedoria para administrar os trabalhos da loja, direcionando os caminhos que levam a grande obra.
Gostaríamos de salientar que esse artigo traz por base, apenas um pequeno complemento, para que encontre uma explicação mais direta e menos complexa de toda a instrução que o iniciado deve receber, vivendo a rotina do templo, onde experimenta toda a vivencia da tradição maçônica.
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Grande abraço e até o próximo artigo!
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