Instrumento indispensável da construção moral, o Compasso nasceu segundo uma forte corrente de historiadores, da necessidade de divisão pelas antigas civilizações das terras as margens do rio Nilo. Porém sua transformação se dá com a visão e genialidade do físico e astrônomo, Galileu-Galilei criando o então o Compasso Geométrico, ou de Proporção. Que consiste três partes em que são dois braços ligados por um círculo central que possuem várias escalas inscritas. 

Mas foi a criação de um dos mais celebres inventores da humanidade, buscando resolver o problema de fazer círculos perfeitos em suas obras, Leonardo DaVince, que se tornou no então compasso que conhecemos, o Compasso Parabólico. Trata-se de uma espécie de agulha em uma das pontas, e na outra, o grafite, possibilitando a partir de um ponto central, criar e rabiscar o círculo perfeito. 

Venha com a gente conhecer um pouco mais sobre esse instrumento que é tão presente em nossa jornada!  

Em Maçonaria, o Compasso está presente em muitas maneiras, sobretudo, fisicamente repousando em um dos lugares mais sagrados do templo maçônico, no Altar dos Juramentos sobre o Livro da Lei. Consiste na representação do divino, ou o único instrumento geométrico a realizar de forma perfeita, o ponto dentro do Círculo. Um dos primeiros símbolos adorados como o Criador.  

Ao Compasso também fica determinado a sabedoria, já que com seus braços, os atos podem ser medidos com seu justo e perfeito valor. Pode-se trazer para a filosofia maçônica, que os braços separados, representam as diferentes correntes de pensamentos, mas que juntas, ainda formam uma só obra. Além disso, a Justiça é também atribuída ao compasso, pois é com ele que a lei moral é medida, e ilimitada, conforme a circunferência que os braços do Maçom abrangem. Tamanha é a importância desta ferramenta, que é ele firmado no peito do Recipiandário, quando de seu juramento perante a assembleia de iniciação.  

Vemos o Compasso presente, nas mais sagradas ocasiões, não obstante, o Compasso junto ao esquadro, formam um dos símbolos mais conhecidos ao referenciar a sociedade discreta. É o símbolo que traduz a Maçonaria no inconsciente de todos os povos.  

Os povos antigos, adoravam o Deus Sol, pois entendiam que era ele o astro rei, e segundo sua vontade, as colheitas aconteceriam, pois era ele a energia mantenedora da manutenção da vida. De forma geral, o Círculo, com um ponto central, era o símbolo que nomeava esta adoração. Também lembra a unidade. O ponto dentro do círculo nos fala de Deus, do zero e do um. O Todo. O centro da criação, e com sua circunferência, a multiplicidade das coisas criadas. No antigo Egito, Rá e Amon. Então é no Compasso, que encontramos, a ferramenta do criador, simbolizando o espírito, colocado sobre o Livro da Lei em cada um dos Graus Simbólicos e suas posições variadas. 

A partir do Século XVIII, o Compasso passou a ser associado como a joia do Grão-Mestre. Na obra Master Key, de Browne em 1802 lemos: 

“…O Compasso, sendo o instrumento principal usado em todo os planos e desenhos em Geometria, é apropriado ao Grão-Mestre como sinal de sua distinção”. 

O Ofício do Maçom, p.34 Harry Carr

A loja aberta nos Graus Simbólicos, o Compasso não deve ultrapassar a abertura de 45º, sofrendo variações na junção com o Esquadro entre os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom.  

No Grau de Aprendiz, diante da crueza e inocência dos seus atos, não se espera do neófito, mais do que a sinceridade. Atitude reta daqueles que dão início a sua própria lapidação. No Grau de Companheiro, conforme a variação no Esquadro e Compasso, denota agora um pouco mais de discernimento. O Iniciado agora já sabe como trabalhar de forma adequada as arestas, passando não só a lapidar, mas a polir a pedra que antes se encontrava bruta. Já no mestrado, o Compasso supera totalmente o Esquadro, deixando o símbolo da materialidade coberto. Agora o iniciado, deve possuir discernimento, capaz de compreender a justiça na sua forma mais complexa. Pois deve ser justo o julgamento do mestre, perante as atribulações da construção. 

Como podemos observar, ao Compasso, se reserva as mais altas virtudes, e os mais sagradas honrarias, e depois juntamente com o esquadro, formam diversos símbolos que exigem demasiada compreensão além de muito estudo. Mas isso será assunto para um novo artigo!  

Não esqueça que você leitor, poderá adquirir as obras que embasaram esse artigo onde poderá ser acompanhado na íntegra, o que as obras tiveram a intenção de explanar! 

Grande Abraço! Nos vemos no próximo artigo! 


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